Em visita ao Gemelli, Cardeal Scola lê homilia preparada pelo Papa

A celebração seria presidida por Francisco, mas sua ida foi cancelada devido a uma imprevista indisposição

Kelen Galvan
Da redação

O Arcebispo de Milão e presidente do Instituto Toniolo, Cardeal Angelo Scola, presidiu na tarde desta sexta-feira, 27, a Missa em ação de graças pelos 50 anos da fundação da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica, no Hospital Gemelli, em Roma.

A celebração seria presidida por Francisco, mas foi cancelada por uma imprevista indisposição do Pontífice. Segundo o cardeal, “com a vida que o Papa leva é normal o cansaço”, e explicou que a decisão partiu do próprio Santo Padre temendo não estar bem para acolher as pessoas. Cerca de cinco mil fiéis, que aguardavam o Papa, entristeceram-se com a notícia.

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.: Homilia do Papa na íntegra

O cardeal Scola leu a homilia preparada por Francisco para a ocasião, que, neste dia da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, enfatiza o amor do Senhor.

De acordo com o Pontífice, Deus se uniu a nós, escolheu-nos e esta ligação é para sempre. “Não tanto porque nós somos fiéis, mas porque o Senhor é fiel e suporta as nossas infidelidades, as nossas lentidões, as nossas quedas”.

Francisco destaca que, por amor, Deus cria laços com o ser humano, e esse amor é leal, é para sempre. “O amor fiel de Deus pelo seu povo manifestou-se e realizou-se plenamente em Jesus Cristo, o qual, para honrar a ligação de Deus com o seu povo, fez-se nosso escravo, despojou-se da sua glória e assumiu a forma de servo”.

Segundo o Papa, o sentido da solenidade de hoje é aquele de descobrir sempre mais e fazer-se envolver pela fidelidade humilde e pela mansidão do amor de Cristo, revelação da misericórdia do Pai. “Nós podemos experimentar e saborear a ternura deste amor em cada temporada da vida: no tempo da alegria e naquele de tristeza, no tempo da saúde e naquele da enfermidade e da doença”.

Na homilia, Francisco afirma que cada gesto, cada palavra de Jesus deixa transparecer o amor misericordioso e fiel do Pai. E conclui sua reflexão com perguntas aos fiéis:  “Como é o meu amor pelo próximo? Sei ser fiel? Ou sou inconstante, sigo os meus humores e as minhas simpatias?”

As respostas devem ser dadas à própria consciência explica o Pontífice, que motiva os fiéis a pedirem ao Senhor que torne seus corações sempre mais parecidos ao Dele, cheio de amor e de fidelidade.

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