Jesus é único que pode dar sentido pleno à vida, diz Papa a Catecúmenos

“Se faltar esta sede do Deus vivo, a fé arrisca se tornar costumeira, arrisca se apagar, como o fogo que não é fomentado”, explicou Francisco.

Da Redação, com Rádio Vaticano

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No início da Celebração, o Papa acolheu os 35 candidatos ao catecumenato (Foto: Reprodução CTV)

Na tarde de sábado, 23, o Papa Francisco encontrou-se com os catecúmenos, último evento antes do encerramento do Ano da Fé, neste domingo, 24. O encontro teve como tema “Prontos a atravessar a Porta da fé”.

Na Celebração, o Papa pronunciou o rito de admissão ao catecumenato e recebeu na porta da Basílica os 35 candidatos ao catecumenato. Estavam presentes cerca de 500 catequistas provenientes de 47 países.

Em seu discurso, o Santo Padre destacou a importância de manter vivo o desejo de encontrar o Senhor e fazer experiência do Seu amor.

“Se faltar esta sede do Deus vivo, a fé arrisca se tornar costumeira, arrisca se apagar, como o fogo que não é fomentado”, explicou Francisco.

Em seguida, ressaltou um trecho do Evangelho (cf. Jo 1,35-42) que apresenta João Batista indicando Jesus aos seus discípulos como o Cordeiro de Deus. O Pontífice afirmou que nesta narração há três momentos que se referem à experiência do catecumenato.

A primeira é a escuta. O Santo Padre explicou que assim como os discípulos de João Batista ouviram seu testemunho, também os catecúmenos ouviram aqueles que lhes falaram sobre Jesus e se propuseram a segui-lo.

“No tumulto de tantas vozes que ressoam em torno de nós e dentro de nós, vocês ouviram e aceitaram a voz que lhes indicava Jesus como o único que pode dar pleno sentido às suas vidas”, enfatizou.

O segundo momento é o encontro. A passagem do Evangelho narra que os dois discípulos encontram o Mestre e permanecem com Ele. E depois de encontrá-Lo, sentiram algo novo em seus corações: “a exigência de transmitir a sua alegria também aos outros, para que todos O possam encontrar”, disse o Papa.

Francisco explicou que esse trecho indica que Deus não criou o homem para ficar só, fechado em si mesmo, mas para encontrá-Lo e abrir-se ao encontro com os outros.

“Deus quer ficar muito tempo conosco para nos apoiar, consolar, para doar-nos a sua alegria. Como nós rumamos a Ele e o desejamos, Ele também tem desejo de estar conosco porque pertencemos a Ele, somos uma sua ‘coisa’, somos suas criaturas. Ele também, podemos dizer, tem sede de nós, de nos encontrar”.

E o último momento é o caminhar. Os dois discípulos caminham rumo a Jesus e depois percorrem um pouco da estrada junto com Ele. “É um ensinamento importante para todos nós. A fé é um caminho com Jesus… e dura toda a vida. No fim, estará lá”.

O Papa recordou que, em alguns momentos deste caminho, as pessoas se sentem cansadas ou confusas, porém, a fé dá a certeza da “presença constante” de Jesus em toda situação. “Somos chamados a caminhar para entrar sempre mais no profundo do mistério do amor de Deus, que é maior que nós, e nos permite viver com serenidade e esperança”.

Por fim, o Santo Padre disse aos catecúmenos que percorram esse caminho com alegria, certos do apoio de toda a Igreja. “Convido vocês a manterem o entusiasmo dos momentos que os fizeram abrir os olhos à luz da fé; a recordar, assim como o discípulo amado, o dia e a hora em que pela primeira vez vocês sentiram Jesus, Seu olhar sobre vocês. E assim, terão sempre certeza do amor fiel do Senhor. Ele nunca os trairá!”

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