“Juntos, digamos não ao ódio”, pede Papa a muçulmanos em Bangui

Papa visitou mesquita em Bangui, República Centro-Africana; pediu a muçulmanos que, juntos, digam não à violência, em especial à realizada em da religião

Jéssica Marçal
Da Redação

O Papa Francisco encontrou-se com a comunidade muçulmana de Bangui, na República Centro-Africana, nesta segunda-feira, 30. No breve discurso, o lembrete de que cristãos e muçulmanos são irmãos e devem trabalhar juntos pela paz.

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Os recentes casos de violência na região, segundo o Papa, não são fundados propriamente em motivos religiosos. Quem diz acreditar em Deus, disse, deve ser uma pessoa de paz. Ele também lembrou que cristãos e muçulmanos viveram juntos e em paz por muitos anos e assim devem continuar.

“Devemos permanecer unidos, para que cesse toda e qualquer ação que, dum lado e de outro, desfigura o Rosto de Deus e, no fundo, visa defender, por todos os meios, interesses particulares em detrimento do bem comum. Juntos, digamos não ao ódio, não à vingança, não à violência, especialmente aquela que é perpetrada em nome duma religião ou de Deus. Deus é paz, Deus salam”.

Nesse cenário de violência, o Papa lembrou que os líderes religiosos, tanto cristãos quanto muçulmanos, tiveram um papel importante para estabelecer a harmonia e a fraternidade. Também os fiéis de ambas as religiões souberam manifestar sua solidariedade a todas as vítimas das recentes crises no país.

Francisco manifestou o desejo de que, nas próximas eleições nacionais, o país possa ter líderes que unam os centro-africanos, tornando-os símbolos de unidade, não representantes de uma facção. “Encorajo-vos vivamente a fazer do vosso país uma casa acolhedora para todos os seus filhos, sem distinção de etnia, filiação política ou confissão religiosa”, disse.

O Santo Padre afirmou ainda que sua visita à República Centro-Africana não seria completa sem o encontro com os muçulmanos. Uma vez que todos são irmãos, disse, devem se comportar como tal.

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