Em coletiva de imprensa

Livros do Papa Francisco serão apresentados na próxima semana

“Humildade, caminho rumo a Deus” e “Curar da corrupção” são os dois primeiros livros do novo Papa

André Alves
Da Redação, com colaboração de Rodrigo Luiz

Na próxima sexta-feira, 5, a Santa Sé realizará uma coletiva de imprensa para a apresentação do dois primeiros livros do Cardeal Jorge Mario Bergoglio – Papa Francisco.

A coletiva será na Sala João Paulo II e estarão presentes o Presidente do Pontifício Conselho para a Comunicação Social, Monsenhor Cláudio Maria Celli; Mons. Antoine Camilleri, sub-secretário para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado e padre Antonio Spadaro, diretor da “La Civiltà Cattolica” (A Civilização Católica), revista italiana.

“Humildade, caminho rumo a Deus” e “Cura da corrupção”: são os títulos dos dois primeiros livros em italiano Bergoglio. Os dois volumes, lançados pela Editora Missionária Italiana (EMI), reúnem meditações do então arcebispo de Buenos Aires e mergulham na espiritualidade inaciana, própria dos jesuítas.

Nos textos do cardeal Bergoglio respira-se a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola. Como destacou padre Antonio Spadaro, diretor de “Civiltà Cattolica” que também observou como esta dimensão inaciana esteja presente também na modalidade que Papa Francisco segue para escrever seus textos.

Segundo o padre, este aspecto do ritmo do discurso é típica da expressão inaciana, portanto jesuítica. “Desde sempre, os Exercícios Espirituais foram pregados sobre três pontos. Portanto, quando Papa Francisco fala de três palavras – e o faz com frequência, como cardeal, em suas homilias mas também em seus textos – diz respeito exatamente a esta capacidade de dar ritmo ao discurso, individuando os núcleos-chave, fundamentais.”

Uma coisa chama a atenção de padre Spadaro: a força nas palavras que Papa Francisco usa nos textos. “Quase uma severidade, às vezes, quando há uma denúncia, como no caso da corrupção… Esta severidade é apresentada em metáforas.”

Nos textos sobre corrupção, recorda o padre, o Papa Francisco usa imagens que Inácio utiliza falando do inferno, nos Exercícios Espirituais, classificando, inclusive, o homem corrupto como uma “chaga purulenta”. “Isso, com imagens muito fortes, muito evidentes que o Papa utiliza com grande desenvoltura, com grande agilidade”, destacou.

A partir dessa análise, padre Spadaro conclui que este discurso feito de ritmos compassados e de metáfora muito evidentes dá corpo a um discurso compreensível a todos, no entanto e segundo ele,  extremamente incisivo.

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