Milagre da multiplicação

No Angelus, Papa destaca necessidade de compaixão e partilha

Francisco explicou aos fiéis três mensagens deixadas pelo milagre da multiplicação dos pães e dos peixes: a compaixão, a partilha e o pré-anúncio da Eucaristia

Jéssica Marçal
Da Redação

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Papa destacou que a necessidade de uma pessoa nunca será tão urgente como a de um pobre que não têm nem o necessário para viver / Foto: Reprodução CTV

No Angelus deste domingo, 3, na Praça São Pedro, Papa Francisco falou sobre o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, narrado no evangelho de Mateus. O Santo Padre enfatizou três mensagens trazidas por este milagre: a necessidade de compaixão e de partilha, além do pré-anúncio da Eucaristia.

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Francisco recordou aquele cenário, com uma multidão que seguia Jesus e precisava ser alimentada. A atitude de Jesus diante do povo não foi de irritação, explicou o Papa, mas Ele sentiu compaixão porque sabia que o povo seguia-O por necessidade, não por curiosidade.

“Jesus nos ensina a colocar as necessidades dos pobres antes das nossas. As nossas necessidades, por mais legítimas, não serão nunca tão urgentes como aquelas dos pobres, que não têm o necessário para viver”, disse.

A segunda mensagem desse milagre é a partilha. Enquanto os discípulos achavam melhor dispensar o povo para que pudesse procurar comida, Jesus diz que os próprios discípulos deviam dar-lhe de comer. O Papa observou que são reações diversas: os discípulos raciocinam com a lógica do mundo,  segundo a qual cada um deve pensar em si; já Jesus raciocina com a lógica de Deus, que é a da partilha.

Mas o Santo Padre fez uma ressalva sobre o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. “Atenção: não é uma magia, é um ‘sinal’ ! Um sinal que convida a ter fé em Deus, Pai providente, que não nos deixa faltar o ‘nosso pão cotidiano’ se nós sabemos compartilhá-lo como irmãos!”.

O pré-anúncio da Eucaristia foi citado por Francisco como a terceira mensagem desse milagre da multiplicação. Jesus pronunciou a benção antes de fracionar os pães e distribui-los à multidão, um gesto que se repete na Última Ceia. “Na Eucaristia, Jesus não doa um pão, mas O pão da vida eterna, doa a Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor a nós”.

Francisco enfatizou aos fiéis que a compaixão, a partilha e a Eucaristia constituem o caminho indicado por Jesus neste trecho do Evangelho. “Um caminho que nos leva a enfrentar com fraternidade as necessidades deste mundo, mas que nos conduz além deste mundo, porque parte do Pai e retorna a Ele”.

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