Papa reflete sobre o fim da vida de apóstolo: "Deus não os abandona"

Santo Padre recordou os padres e irmãs no entardecer da vida, esperando que o Senhor “bata à porta de seus corações”

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

Moisés, João Batista e São Paulo. A homilia do Papa Francisco nesta sexta-feira, 18, centrou-se nestas três figuras, destacando que aos três nunca foi poupada a angústia, mas Deus nunca os abandonou. Pensando então em tantos padres e irmãs que vivem em casas de repouso, já no “entardecer da vida”, convidou os fiéis a visitá-los porque eles são verdadeiros “santuários de santidade e apostolicidade”.

O início da vida apostólica e o fim da vida do apóstolo Paulo. O Sumo Pontífice partiu das leituras do dia para concentrar-se nestes dois extremos da existência do cristão. No início da vida apostólica, o Papa explicou que os discípulos eram jovens e fortes e que os demônios se colocavam diante de suas pregações. Já a Primeira Leitura do Dia mostra São Paulo no fim de sua vida.

“O Apóstolo tem um início glorioso, entusiasmado com Deus, não é? Mas também não lhe foi poupada a decadência. E me faz bem pensar no fim do Apóstolo…Vem-me à mente três ícones: Moisés, João Batista e Paulo. Moisés é aquele que é chefe do Povo de Deus, corajoso, lutava contra os inimigos e também lutava com Deus para salvar o povo. Forte! E no fim está sozinho, no Monte Nebo, olhando a Terra Prometida, mas despojado de si para entrar lá. João Batista: nos últimos tempos, não lhe foram poupadas as angústias”.

O Papa afirmou que João Batista teve que enfrentar uma angústia duvidosa que o atormentava e terminou sob o poder de um governante fraco, bêbado e corrupto, sob o poder da inveja de uma adúltera e dos caprichos de uma dançarina. E também o Apóstolo Paulo, na Primeira Leitura, fala daqueles que o abandonaram, mas diz que o Senhor sempre esteve próximo a ele.

“Este é o grande do Apóstolo que, com a sua vida, faz aquilo que João Batista dizia: ‘É necessário que Ele cresça e eu diminua’. O Apóstolo é aquele que dá a vida para que o Senhor cresça”.

E ao pensar no fim da vida do Apóstolo, o Papa recordou-se dos “santuários de apostolicidade e santidade”, que são as casas de repouso dos padres e das irmãs. “Bravos padres, bravas irmãs, envelhecidos, com o peso da solidão, esperando que o Senhor vá bater à porta do seu coração. Estes são verdadeiros santuários de apostolicidade e de santidade que temos na Igreja. Não nos esqueçamos deles, hein!”.

Francisco destacou, por fim, que estes padres e irmãs em casas de repouso esperam o Senhor um pouco como Paulo: um pouco tristes, mas com uma certa paz e alegria. “Fará bem a todos nós pensar nesta etapa da vida que é o fim do Apóstolo e rezar ao Senhor: ‘protege aqueles que estão neste momento de despojamento final, para dizer somente outra vez: sim, Senhor, quero segui-Te”.

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