Testemunho da caridade é via mestra da evangelização, diz Papa

Francisco afirmou que é preciso colocar a dignidade da pessoa humana no centro de todas as perspectivas e ações

Kelen Galvan
Da redação, com Rádio Vaticano

Testemunho da caridade é via mestra da evangelização, diz PapaDando continuidade à sua visita à região de Molise, no sul da Itália, o Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado, 5, a Santa Missa no antigo Estádio Romagnoli da cidade de Campobasso. Cerca de 80 mil fiéis participaram da Celebração.

Na homilia, o Papa sublinhou dois aspectos que considera essenciais da vida da Igreja: um povo que serve a Deus e um povo que vive na liberdade que Ele lhe dá.

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“Antes de mais, nós somos um povo que serve a Deus. O serviço a Deus realiza-se em diversos modos, em particular na oração, no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade. E o ícone da Igreja é sempre a Virgem Maria, a serva do Senhor”, afirmou.

O Pontífice explicou que é na “escola da Mãe” que a Igreja aprende a tornar-se, dia após dia, “serva do Senhor”, pronta a ir ao encontro das situações de maior necessidade, atenta aos pequenos e aos excluídos. “O testemunho da caridade é a via mestra da evangelização. Nisto, a Igreja sempre esteve na primeira linha, presença materna e fraterna que partilha as dificuldades e as fragilidades das pessoas”.

Francisco destacou que no mundo há tanta necessidade de empenho diante das situações de precariedade material e espiritual, especialmente quanto ao desemprego. Realidade que, segundo o Papa, é uma praga que exige todos os esforços e muita coragem de todos.

Testemunho da caridade é via mestra da evangelização, diz Papa

Cerca de 80 mil fiéis participaram da Santa Missa em Campobasso / Foto: Reprodução CTV

Diante disso, o Santo Padre encorajou todos os fiéis, os padres e pessoas consagradas a perserverarem neste caminho, servindo a Deus no serviço aos irmãos e difundindo por toda a parte a cultura da solidariedade. “Há que colocar a dignidade da pessoa humana no centro de todas as perspectivas e de todas as ações. Outros interesses, mesmo legítimos, são secundários”, ressaltou.

Sobre a liberdade do povo de Deus, o Papa afirmou que “a Igreja é livre na liberdade de Deus, que se concretiza no amor”.

“É esta a liberdade que, com a graça de Deus, experimentamos na comunidade cristã, quando nos colocamos ao serviço uns dos outros. Então o Senhor liberta-nos de ambições e rivalidades, que ameaçam a unidade e a comunhão. Liberta-nos do desânimo, da tristeza, do medo, do vazio interior, do isolamento, das nostalgias, das lamentações”.

Por fim, Francisco afirmou que os discípulos do Senhor, embora permanecendo sempre fracos e pecadores, são chamados a viver com alegria e coragem a própria fé, a comunhão com Deus e com os irmãos e a enfrentar com fortaleza as fadigas e as provações da vida.

Após a Missa, o Papa dirigiu-se à Catedral de Campobasso onde encontrou-se com pessoas enfermas. Em seguida, ele almoçou com os pobres assistidos pela Cáritas local, na “Casa dos Anjos”.

Próximos compromissos do Papa

Por volta das 14h30 (hora local, 9h30 em Brasília), o Papa seguirá viagem para a cidade de Castelpetroso, cerca de 30 quilômetros a leste de Campobasso. Ali, o Santo Padre se encontrará com os jovens das dioceses de Abruzzo e do Molise.

O programa da viagem do Papa inclui ainda uma viagem de carro até a cidade de Isérnia, às 16h (hora local, 11h em Brasília), onde o Papa visitará a prisão local e fará um discurso aos detidos.

Os dois últimos compromissos da viagem papal serão na Catedral de Isérnia: um encontro com os doentes e com as autoridades locais. Com isso, o Papa dará início ao Ano Jubilar Celestiniano, no oitavo centenário do nascimento de São Celestino V, Pietro Angeleri de Morrone (1209-1296), monge que fundou a Ordem dos Celestinos e marcou a história por renunciar voluntariamente ao papado após 5 meses de Pontificado.

Às 19h30 (hora local, 14h30 em Brasília), Francisco partirá de Isernia para retornar ao Vaticano. A previsão de chegada é 20h15 (hora local, 15h15 em Brasília).

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